Mais uma vez a Irmã Petra Pfaller se encontrou com a juventude para esclarecer quais os objetivos da Pastoral Carcerária e tirar dúvidas sobre a atuação nos presídios. Dessa vez o grupo Essência da Paróquia Pio X pediu para marcar um encontro, que ocorreu nesse domingo (24), para bater um papo e descobrir um pouco desse mundo.
Em roda, fotos foram espalhadas no chão, cada imagem trazia um pouco da realidade das pessoas em situação de cárcere para que os meninos e meninas pudessem visualizar melhor esse universo esquecido pela sociedade e pelo Estado. Foram muitos os olhares curiosos a respeito dessa realidade. De início, houve um esclarecimento sobre o que e qual o objetivo da Pastoral Carcerária.
Irmã Petra explicou brevemente que a Pastoral Carcerária possui dois pilares de sustentação para realizarem a missão: a Evangelização e a Promoção da Dignidade Humana. A Evangelização é o momento em que os agentes se doem em momentos de escuta, oração, partilham a palavra e a vida juntos. A Promoção da Dignidade Humana é também conjunta ao ato de ouvir, pois estão lidando com um lugar injusto com condições estruturais precárias e tratamentos desumanos.
Outro ponto enfocado e discutido durante a reunião foi sobre a situação das mulheres encarceradas. Para esclarecer a curiosidade, Irmã Petra colocou na roda que essa questão é muito delicada, pois as mulheres sofrem muito mais que os homens na prisão. 80% são mãe encarceradas e sofrem com a falta de seus filhos e isso acaba desestruturando famílias inteiras com o afastamento forçado.
Emanuel Borges Correia, 18 anos, coordenador do grupo de Jovens Essência já havia pesquisado um pouco sobre o assunto ficou muito envolvido com a discussão no encontro.“ O lema da Pastoral Carcerária é justamente defender o mundo sem cárcere então eu acho que defender esse tema que é um mundo sem cárcere não deve ser algo muito simples, porque as pessoas normalmente tem sempre isso que a gente também estava comentando no encontro, as pessoas tem sem um espírito de punição, elas acham que vão melhor, resolver um problema punindo outra pessoa”.
Os jovens, por meio do carinho que foram tratados conseguiram entender que o mundo com cárceres nunca irá solucionar o problema da violência. “Eu acho que para os nossos jovens, principalmente católicos, que tem que ter sempre o ideal de amor cristão, foi muito bom, um momento muito bom” finaliza Emanuel.