Estar no Santuário Nacional de Aparecida do Norte significa estar em casa, na casa da mãe que acolhe todos e todas. Muitas dores e muito sofrimento e muito desespero estão sendo levado para o colo da mãe de Jesus.
Neste domingo do dia mundial dos pobres, na missa presidida pelo Dom Orlando, coloquei nas intenções especialmente no altar as dores das milhares de pessoas presas, homens e mulheres encarceradas em situações desumanas, violentas e torturantes. Além da tortura sofrida diariamente, falta comida, água, remédio e atendimento jurídico para essas pessoas que estão nas margens da sociedade.
O sistema prisional no Brasil é um sistema mortífero de moer corpos jovens, negros e periféricos. Os seus familiares também sofrem e sentem o peso do preconceito da sociedade por simplesmente serem familiares de presos e presas. O vínculo os leva automaticamente para situações onde são humilhados nos momentos de visita os seus entes queridos no cárcere, sendo criminalizados pelo Estado somente pelo fato de ser familiar.
Também rezamos pelos/as agentes da Pastoral Carcerária no Brasil a fora, que com muita fé e perseverança não abandonam os/as encaradas e mantêm as visitas regularmente nas prisões, muitas vezes com enormes dificuldades e impedimentos. Lá os agentes encontram Jesus que está preso (“eu estive preso e você me visitou”), sendo testemunhos do amor do Deus pai e da sua misericórdia, sendo luz nas escuridões das celas,
Pedimos a Nossa Senhora de Aparecida que interceda por estas pessoas tão sofridas e abandonadas.
Testemunho de Irmã Petra Pfaller